quarta-feira, 4 de junho de 2014

Tenho um nó.



Tenho um nó aqui dentro, tenho deixado ele de lado, evitado assumir que sei que ele permanece ali e não sei como tirá-lo.

Tenho mágoa, e a vida me provou que é impossível ser feliz o tempo todo.

Tenho um problema relacionado a boa memória, lembrar de certas coisas não é bom, compartilhar bons momentos com pessoas ruins causam isso.

Eu sei que pra ser feliz é necessário saber lidar com isso, saber entender o sofrimento, racionalizá-lo e externá-lo de alguma maneira.

Maneira essa que eu ainda não sei, eu só sei que quando essas coisas acontecem e quando esse nó aparece eu corro pra deixá-lo de lado, e vale sair, ouvir música, ligar a tv, qualquer coisa pra esquecer, e claro, vale orar e agradecer por ser lembrança.

Imagina viver a realidade dessas lembranças naquelas circunstâncias e nesses momentos.

Talvez seja só excesso de experiências, os paralelepípedos que apareceram em meus caminhos esses quase amores, essas promessas que nunca se cumpriram, esse fim de fase, de ciclo, um pouco de medo, eu em cima do muro, eu não sei como explicar.

É um nó no peito, na garganta, é aquelas perguntas todas aqui na cabeça, é uma angústia que já passou do tempo de ir embora.

É o medo, talvez tudo isso seja só ele camuflado.

Trancado aqui no peito e na falsidade que já me enfiaram guela abaixo, é as lembranças das pessoas que não foram inteiras, e que minha sinceridade não consegue apagar, pois procura razões pras atitudes de todos os mal caráteres e das falsas que conheci.


Talvez seja eu me perguntando o por que de fazer as coisas certas e sempre acabar caindo um tombo e me machucando.

É o cansaço, o medo, a saudade, a carência, a falta de rumo, é o nó aqui na garganta.

E eu trancando ele por todos esses meses em que agi de forma diferente, sem escândalos, perguntas, sem falar pra todos o que eu queria, é o preço da tal mudança que chamam por aí de mudança de comportamento e amadurecimento.

É a falta de reconhecimento, e isso é horrível em todas as áreas da vida.

É a mágoa, e isso pesa no peito.

É a falta de reciprocidade e isso abala os sonhos.

É a falta de palavra e isso abala a confiança.

É a falta de verdade e isso abala a crença no amor.

É a dor ensinando o quanto tenho que suportar.

É o coração dizendo baixinho que tá sufocando por não ser ouvido, e eu repetindo que não quero mais
machucá-lo, é melhor ficar trancado do que ser esfaqueado de novo.

Às vezes eu nem sei o que pedir nas orações e digo só "Deus ajeita aqui, que o Senhor sabe que tá tudo virado!".

E pior ainda é que está tudo tão sufocante que as lágrimas se trancam, e o sorriso fica na boca o dia todo, e poucos sabem, que por fora tá bonito, tá feliz, tá pintado e por dentro ta machucado, bagunçado e sem rumo.

É medo demais, é bagunça e fim de fase.

É coisa demais pra uma solução só, e tempo??
Ah o tempo! Quanto tempo o tempo quer, e quanto tempo já passou??
E quanto tempo mais há de vir, e as coisas não se ajeitam, não se amenizam.

Aqui na realidade as coisas são complicadas, não são tão sentimentais, certas ou racionais, são misturadas e por vezes assim, são inexplicáveis e somadas, são um nó!

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