quarta-feira, 28 de maio de 2014

O segredo da vida é o meio termo.



Dizem por aí que essa frase é do Aristóteles, ou do Sócretes, não lembro, não achei agora.

Mas já usei essa frase aqui no blog. Na vida tudo está mais suave. E percebi que essa coisa de não fazer tudo na louca, ou levar ao pé da letra ajudam a manter a serenidade e o bem estar.

É clichê, eu sei, todo mundo diz isso e não é nem um pouco fácil fazer, mas quando você consegue por em prática ajuda muito.

Claro que no dia a dia rolam algumas decepções, uns momentos de tristeza, outros de ansiedade, de medo, de agonia, de perguntas... Ainda tenho no peito todas aquelas perguntas sem respostas. 

Mas nada que uma música nova, ou um texto do Bovolento ou do Elboni não ajudem a amenizar.

Tenho mudado as coordenadas dos meus atos, o trajeto da minha vida.

Independente do tão esperado amor. Eu tenho renunciado as diversões, porque em toda esquina a gente encontra diversão e eu não quero novas diversões, eu quero um porto.

E enquanto não aparece o porto eu fico literalmente em terra firme, não vou me deixar levar por qualquer coisa, não dessa vez. Não agora!

Sei que cada escolha é uma renúncia e que tenho que arcar com as consequências dessas tais escolhas, eu já estou bem grandinha pra saber disso e bem, eu já to no ponto de compreender essas mudanças, na vida da gente tudo muda o tempo todo, o que não dá é pra viver com medo. 

Quero deixar as águas rolarem, o tempo passar, o vento soprar.

Só quero viver um dia de cada vez, resolver um problema de cada vez e escolher cada coisa no seu tempo.


Foi amor

(...) Teria visto a pilha em cima da mesa e despachado, assim como eu vi as coisas todas e deixei de lado, em algum canto do meu quarto desarrumado, nem fiz questão de botar pra baixo do tapete. E amor foi quando você trancou a porta do quarto porque eu disse que não ia voltar naquela noite. Nem na outra, nem na próxima noite e em semana alguma. Foi quando você tentou desmarcar uns compromissos enquanto eu mantinha a agenda fechada e dizia que não posso hoje, desculpa, vamos tentar na semana que vem? Amor foi quando você continuou ligando e até me comprou presente de aniversário quando a gente finalmente se sentou pra discutir. Foi quando você pediu pro garçom não trazer gelo – porque eu tava doente – e me entregou um casaco pra me aquecer – porque já passava das 22h e eu não precisei dizer um pio pra você descobrir minha gripe. Foi quando você me contou o que tava fazendo e riu de como me conhecia nos detalhes, quando confessou que sabia que tinha algo de errado e que eu não era mais o mesmo, foi quando você podia ter me deixado, mas me deixou na porta de casa e disse que esperava que eu ficasse bem.
E eu só vi isso tudo quando você foi embora. Porque aquilo também foi amor.

sábado, 24 de maio de 2014

A falta de coragem e o excesso de medo.

Eu tô louca pra dizer pra você o quanto te admiro, e isso iria incluir te contar todas as vezes que anotei na memória os detalhes que comprovaram suas qualidades ali na minha frente. Sua gentileza, sinceridade, cavalheirismo, cuidado, seu jeito de falar, sorrir e de dizer "Você é maluca??!" todo preocupado e sorrindo, mas com uma ansiedade notável.

A sua beleza física, e claro esse sorriso que me tira o ar com esses olhos verdes lindos, juntos com a tua coxa que dá duas da minha sobre a cama naquele lençol azul num domingo de madrugada.

Vou omitir que aprecio loucamente alguns detalhes do teu corpo, algumas manias que são tua marca registrada.

Também não vou dizer que trago no peito e nos planos uns sonhos que colocam acima de tudo manter esse sorriso nos teus lábios e te fazer o cara mais feliz do mundo.

Te proteger de qualquer mal, sofrimento e quiçá de mulheres "bandidas" sejam bandidas de coração ou de corpo, porque eu não gosto de imaginar ninguém nos teus braços ou no teu colo que não seja eu.

E depois de mais de um ano nessas nossas ficadas e papos sem compromisso, de sexo gostoso, eu queria te falar que o plano de fazer amor sem amor com a gente não deu certo. Eu estraguei tudo.

Provavelmente você não tenha notado, porque sim, eu escondi tudo isso muito bem, eu tenho medo de perder esse pouquinho que tenho de ti, eu tenho medo do não, eu travo contigo.

Eu faço e falo tudo pra todo mundo, mas com você eu me monitoro, eu penso, repenso, trepenso e na dúvida eu calo, eu congelo.

Na minha idiotice eu prefiro essas poucas horas contigo, mas também receio que outra apareça cheia de coragem e te leve, e eu perca essas horas e você, como aconteceu quando você voltou com aquela tua ex, e eu quase te perdi.

Você voltou e eu sei que tá bem mais difícil eu te perder pra ela agora, mas tem tantas outras, com você eu deixei de confiar no meu taco, e eu sei que não posso fazer isso.

Então eu vou criar coragem, respirar fundo e não vou ficar sorrindo enquanto leio o "digitando..." embaixo do teu nome no WhatsApp enquanto meus olhos brilham ao aguardar tua resposta, eu vou lá e vou te falar, eu vou contar pra você que eu não quero te perder, mesmo imaginando que você pode me dizer que nós não podemos ser assim.


Mesmo você comparando a nossa fase, o nosso retorno, o meu jeito, e essa tua profissão que pode te levar pra longe por uns meses, ou por mais tempo, eu preciso dizer que eu estou apaixonada por você.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Teu sorriso!


"...a minha cabeça tá fudida, meu coração tá pesando, eu não sei o que eu tô fazendo, mas só sei que isso é bom. E como pode ser tão errado se você me faz feliz desde o dia em que sorriu pra mim?"

domingo, 18 de maio de 2014

Pra onde iremos????

É incrível como o país tá um caos e não há esperança alguma de que ele melhore em curto ou longo prazo.
É nítida a insatisfação da população de modo geral sobre os governantes de talvez 99,9% do país e com relação a todas as áreas que o Estado tutela na Constituição Federal, não temos saúde, educação, segurança, "melhorias", infraestrutura, não temos nada, aliás temos corrupção e indignação.
Algun
s meses atrás o tal movimento #VemPraRua, tomou o país reivindicando tudo aquilo que por falta de vergonha na cara nossos políticos não nos proporcionam e nossa maravilhosa presidente apareceu algumas semanas depois em rede nacional prometendo a construção de mais de 800 hospitais, que até hoje não começaram a ser construídos.
Todas as CPI (Comissão de Inquérito Parlamentar) terminam na dita pizza.
A insatisfação é tanta que esse assunto além de ser razão da existência de vários jornais diários, chegou na nossa mesinha do almoço e do bar, até na nossa suposta hora de lazer a indignação vira papo.
O #VemPraRua não mudou muita coisa (aliás, até onde sei não mudou nada), a Copa vem aí e a FIFA também.
Temos inúmeras viaturas, motos e um grande número de agentes pra proteger jogadores de futebol e auxiliar nos passeios de nossos políticos, enquanto não temos leitos, UTI's neo natais, professores...
Sabe... Nosso país é lindo, mas com o perdão da palavra, estamos deixando foderem ele todinho e também estamos sendo fodidos. Não tem melhor termo infelizmente que indique a nossa situação. E se você é um daqueles que diz, aah a política não importa, olhe pro preço da passagem do ônibus, da gasolina, teu exame do SUS que você está esperando a 3 meses pra marcarem, e teu salário... A obra que a prefeitura prometeu que ficaria pronta em 4 meses e lá se vai um ano, o superfaturamento das obras de "mobilidade" elas saem do seu bolso benzinho!!
Não preciso citar aqui o nome dos indivíduos estilo Dilma, Genoíno e companhia, preciso citar o meu e o teu, afinal as eleições estão aí, e lá vamos nós pra frente da urna, que nem aparenta ser tão confiável, "escolher" quem vai continuar nesse circo nos jogando migalhas de pães embolorados, enquanto nós, comemos em silêncio.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Com você não!

Eu sempre estabeleci que isso não iria acontecer, que não poderia me apaixonar por você...
Um tempo atrás quando percebi que estava me perdendo me afastei, e logo depois o destino deu um tempo maior pra esse afastamento.

Eu tropecei num paralelepípedo do destino e você em um tijolo que já estava carregando.
Acordamos meses depois, cada um com seu fardo, nos desvencilhamos desses erros e mudamos o foco, mas nos reencontramos nesse mundo que tem uma sincronia deverás singular e inexplicável. Estamos seguindo cada um com seu foco, meio que caminhando juntos, mas separados.

E o que eu tanto evitei está acontecendo. O que até o L. dizia que eu sentia e eu negava está nítido, eu realmente não me resolvi contigo naquele tempo, eu apenas deixei aquele gostar adormecer, e receio que no adormecer ele também tenha amadurecido.

A angústia de não saber como lidar com isso e o medo constante de errar, tem trilhado comigo os dias do ultimo mês, de forma diferente e menos tolerante.

Tentar não pensar em você virou um desafio, e você passou a de alguma forma ser mais presente.

Eu comecei a reparar mais em cada detalhe seu, admiro mais ainda teu sorriso e cada noite que durmo ao teu lado, exalto em silêncio só pra mim e para o meu inconsciente seus atos apaixonantes, que sei que você faz sem notar, pois suas ações de cavalheiro são meros detalhes do teu cotidiano, aquela coisa do príncipe, tu sabes tratar uma mulher como poucos, e tem o sorriso lindo como o de ninguém, esse sorriso com esse timbre e esse olhar que ninguém no planeta, quiçá no universo tem, é só teu e me hipnotiza de forma inebriante.

Eu não sei o que vai ser, mas essa sensação que você me proporciona eu nunca na vida vou esquecer, ninguém me faz sentir assim, completa, feliz, segura, satisfeita

D.

" Eu só sei, que é tão bom estar com você, mesmo que por um momento... Poder fingir que somos UM, divididos em DOIS por um acaso do tempo..." (Marcella Fogaça)

A tua mãe!

Hoje (ontem) eu pensei em mandar um beijo de feliz dias das mães pra sua mãe, como fiz no dia do aniversário dela e como em algumas outras ocasiões em que ela esteve aqui pra te ver.

Mas sabe, eu não poderia apenas parabenizá-la.

Afinal de contas, ela é a sua mãe e a culpada pela minha falta de ar, de concentração, por esse sorriso idiota aqui na minha cara, pelos meus pensamentos avoados, por essas noites em que acordo só pra te olhar dormindo. E não para por aí, eu não poderia apenas agradecer a ela por ter feito um filho tão lindo fisicamente. Eu teria a obrigação também de agradecê-la pelo seu caráter, pela criação que te deu, por você ser tão gentil, cuidadoso, carinhoso, sincero, estudioso... e mais tantas outras qualidades que você tem.

Aí eu pensei e não mandei beijo nem mensagem nenhuma, porque é por tudo isso aí que eu tenho perdido alguns minutos do meu dia suspirando, sorrindo no ônibus e na fila da padaria, é por isso que fico olhando a inicial do teu nome, acho lindo o jeito como ele soa na minha boca, principalmente quando falo olhando pra você e pra esse teu sorriso lindo.

É por essas e outras, por ter essa dádiva que ela fez na minha vida, por momentos finitos de alegria e prazer que eu fiz como sempre faço contigo quando quero dizer algo importante, eu travei, me calei e fiquei aqui imaginando tudo.

E você nem sabe!

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Embalagens

Francamente, está demasiado difícil encontrar homens (pessoas) decentes e esse é um fato notório que está certo já faz algum tempo.

É fácil encontrar caras (leia no sexo que preferir) sarados, com roupinhas de marcas, alguns com faculdade, outros com carros financiados e todos os apetrechos imagináveis e inimagináveis também.

É fácil encontrar o cara com o cabelo certo, o sapato ou tênis bonito, e um sorriso alinhado, com o cheiro daquele perfume perfeito.

Só que é difícil esse cara não estar a frente de mil girls com cara de pati e tão montadas quanto ele, não que essas coisas acima possam ser determinadas com qualidade ou defeitos, cada um com seus cús, digo, gostos.

Mas é difícil encontrar pessoas com caráter, atitude, conteúdo, é!
Meio clichê, mas é isso mesmo. Tá todo mundo sarado de corpo, mas muito mal de mente, cheio de massa muscular, mas desorientado emocionalmente.

E eu não preciso dar exemplos aqui, você com certeza lembrou de alguém, de algum fato ou relato do teu cotidiano ou ler isso.

Todo mundo precisa se cuidar, tomar um porre de vez em quando, ou algumas vezes por mês, todo mundo precisa de uma balada ou algo que faça sentir que extravasou o cansaço, a sensação de peso do corpo, da mente e da alma. 

Mas será que todo mundo precisa ignorar a existência de sentimentos e a importância de considerar os momentos findos de alegria pura, ou a verdade dos momentos e do fato de as pessoas serem reais?

Será que temos que arrumar uma forma de etiquetar todos como apenas pegas, e ignorar o óbvio, de que existe algo nos momentos e nos beijos além do calor do momento?

Não podemos analisar ou refletir sobre as pessoas como seres com sentimentos, não podemos prestar atenção em outras características além das físicas?

Por exemplo, não deve ser tão difícil avaliar o comportamento, o caráter, e as atitudes de alguém e de tal maneira tentar dar azo a possíveis coisas futuras. Não podemos fincar uma placa de FECHADO na vida e no coração por causa de alguém que nos machucou ou de algo que não correu como desejávamos.

Podemos e devemos cuidar de nosso corpo e lutar para adquirir as coisas materiais que tanto desejamos, mas será que não podemos deixar um pouco de sermos embalagens e cuidar dos sentimentos e da fé, do emocional e das pessoas ao redor, deixando assim de usá-las como step pra nossas frustrações momentâneas.

Se você é uma dessas embalagens, comece a analisar, por vezes pode estar focado em fugir da realidade e acabar perdendo coisas, oportunidades e pessoas que realmente poderiam valer a pena, é só uma questão de prestar a devida atenção.

Eu não posso fazer você me amar

Gente, eu queria mostrar pra vocês, eu copiei do blog, blog que inclusive recomendo, o Daniel é um daqueles caras que fala de amor como poucos e descreve as coisas como alguns.
Esse é um dos textos mais lindos que já li na vida, indico inclusive que vocês não leiam aqui no meu blog e sigam direto pro link, lendo com calma e ouvindo a música que ele indicou, leiam com calma e decifrando as situações descritas por ele, que por fim se encaixarão com os acontecimentos da sua vida amorosa, no meu caso a música deu exatamente o tempo da leitura.
Assim, deixo vocês novamente com o Daniel Bovolento e o Blog Entre Todas as Coisas.
Segue o link:

Mesmo que eu pisque os olhos na velocidade exata que me indicam as revistas e me revire de cabeça pra baixo pra tentar caber no seu avesso, você não nota. A gente troca duas ou três palavras, eu puxo assunto, tento levar adiante o papo manjado sobre cães só pra falar que eu tenho um labrador grandão e bonito que você adoraria conhecer. Você até responde, liga duas ou três vezes, bate um papo legal do cinema e me beija, depois você vai embora e só muda de nome, cor de cabelo, o jeito de virar os olhos, só muda mesmo personagem quando eu queria que mudasse o roteiro todo da peça.
É engraçado isso porque eu me esforço. Me encaixo ali direitinho no que parece ser seu dossiê e ainda aplico umas técnicas elaboradas que aprendi uma vez num programa tailandês que serve pra trazer um amor em menos de três dias. Mais eficiente que mandinga e eu nem preciso aprender a jogar búzios, é tudo na força de pensamento, tá dizendo a menina com um sotaque engraçado que eu encontrei no Leblon dia desses. Tento me encaixar em você já que a nossa compatibilidade no last.fm é alta, a gente tem uns 105 amigos em comum no Facebook e eu até gosto da mesma cor que você. Fico ali tentando entrar, não sei se você veste P ou M, mas eu consigo ser grande ou pequeno o suficiente pra caber no teu tamanho, viu?
E você não é só um, nem dois, três seria demais, mas a conta já passou disso. Você é todo cara que me olhou nos olhos, pediu desculpa, disse que não ia funcionar e me rejeitou. É todo mundo que já embrulhou umas tristezas no pacote e deixou lá no quarto pra eu levantar com a sensação de que o mundo tava desabando e que eu tava fazendo tudo errado outra vez. Ia passar, sempre passa, bola pra frente, conheci alguém, só mais um, mas vai passar também. O que não passa nunca é a culpa que eu prego na sala como se fosse um Picasso pra enfeitar minhas lembranças doloridas.
Tava vendo no Discovery que a memória afetiva (quase) nunca falha. Ela registra tudo: de sabores a odores adocicados, de primeira música ao perfume que usava pra sair à noite, da mania de enxugar as mãos duas vezes ao descaso com que mexia no cabelo. Ela associa ações e situações a pessoas e isso faz com que algumas coisas nos lembrem bem de alguém justamente por termos vivido algo marcante com aquela pessoa. É isso que a gente chama de recordação, geralmente. Nesse sentido – e falo de forma leiga aqui – a lógica seria clara: a gente não guardaria recordação nenhuma de quem nunca passou pela nossa vida. Mas não é assim que acontece, né?
Além de guardar recordações, tirar da geladeira pro microondas  e viver de emoção requentada, eu também me alimento de culpa. Por que eu não consegui te fazer ficar, mesmo nos moldes, mesmo no tamanho, mesmo que se você quisesse era só avisar que eu tentava me trocar na loja. Me culpo porque você não me achou interessante, não me achou bonita, talvez eu estivesse um pouco gorda, eu teria que te agradar em mais o quê? A culpa é minha por não ser seu tipo ou por ser e mesmo assim você não me querer, o que é ainda pior. Pior porque só prova que eu fiz algo de errado pra não atender as tuas expectativas, que eu te frustrei no meio do caminho, que eu não segui a receita pra te conquistar direitinho, deveria ter começado na segunda-feira. Culpa minha, óbvio, e bem feito que eu me sinta destruída sempre que você vai embora e, Doutor, e se eu não pudesse fazer nada? Porque tem umas coisas que fogem do nosso controle e talvez essa seja uma delas. Talvez não importasse o quanto eu me dedicasse, o quanto eu quisesse casar com teus gostos, o quanto eu queria que desse aquele match esperto na vida real, porque isso não depende de mim.
Na verdade, pensando melhor, nada depende exclusivamente da gente. A gente pode tentar oferecer pro outro o nosso mundo e torcer pra que ele queira ficar se a gente se encantar pelo dele também. Não tem manual, dieta de segunda-feira, programa tailandês ou mandinga que traga amor. Essas coisas são tão imprevisíveis quanto a conta do meu cartão de crédito no fim do mês. Mas o processo normal é sentir culpa por não ter sido o amor de alguém, por não ter inspirado o amor de alguém, e isso se torna um ciclo de auto-negação tão grande que nem cabe nesse texto. Culpa vai sendo mastigada, embolora no estômago, se torna martírio e quando for ver, a gente tá por aí achando que não é bom o suficiente pra ninguém só porque entendeu tudo errado nessa coisa de paixão, pessoas, expectativas e sentimentos. Amor não é ciência exata que a gente garante de olhos fechados que 2 + 2 = 4, não tem como “caber” em alguém, não tem como seguir todas as regras pra garantir o sucesso da rota. Isso só gera frustração.
Não foi minha culpa, nem culpa do meu corpo, nem culpa da minha personalidade se o menino da quinta série não quis me dar a mão no recreio. Se o carinha mais velho do colegial preferia ruivas e meu cabelo tingido não mudou nada. Se o alemão não gostava muito de sueca e eu só sabia jogar isso. Então, pensando cá com as minhas dores, cheguei à conclusão de que eu não podia fazer nada e não tinha nada a ser feito. Eu não podia mesmo ter feito você me amar. E agora não me parece tão ruim assim ter que conviver com isso.