terça-feira, 19 de março de 2013

É a saudade!


  Quantas vezes você quis ligar, ver... quantas vezes no dia você se lembrou, quis estar perto, imaginou, sentiu saudade, quantos lugares lembram aquela pessoa, quantos caminhos você fez com ela, quantas noites lado a lado, sonhos, planos, risadas, cumplicidade, apoio, amor, carinho, lágrimas, tristeza, paixão...
  E de todas as palavras, de todo o tempo, a palavra e o sentimento que resta e se sobrepõe a todos, é a saudade.
  O medo de não ter de novo tudo aquilo já some, porque já se constata na demora, a dor de você imaginar que sentiu tudo sozinho é incalculável. A certeza de ter que esquecer atormenta, a dor não cabe mais em lágrimas, abraços, música. Escorre pelos olhos sem pedir permissão, com uma força que você sequer consegue compreender, e como a gente fala bonito quando fala do amor que sente, e como mesmo com essa dor no peito que também deve poder ser classificada como mágoa é dolorida pra quem sente, absurda pra quem vê e nada pra quem nos deixa.
  O livre arbítrio me impede de pedir o que ele não quis escolher, nossos sonhos deixarão de se realizar porque ele não quis ficar.
  E agora, seguir em diante, e todo dia sentindo o mundo aqui, tendo inúmeras perguntas e sentimentos, tentando exaustivamente passar para o cérebro uma ocupação que faça com que o coração se aquiete, se ocupe, se esqueça. Para que a noite, no travesseiro pela força inevitável, tudo isso desabe de uma vez só, por quantos dias que eu já perdi a conta, que eu não sei até quando...


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