sábado, 29 de março de 2014

Ainda sinto...


Ainda sinto falta dele, ainda tenho perguntas, ainda penso no João Pedro, ainda tenho medo.
Tenho medo de encontrar o L. por aí, tenho medo de não sair dessa, e estou cansada de sentir coisas que sei que não deveria. Sinto às vezes uma agonia, tenho chorado menos, mas por vezes me sinto perdida e cansada.

Sentimento é algo tão cruel, tão displicente. Apesar de toda a minha fé, durante meus devaneios esperando um investigador esses dias eu fiquei pensando, sabe essa coisa de termos ex, de ser tão pesado esse sentimento de ter alguém importante no passado, quer dizer, aí já começa o rolo, esse alguém que é ex, é do passado, não deveria ser importante, aí conversando com um deles eu entendi que eles só ficam bons quando deixamos de sentir totalmente e aí sim conseguimos prosseguir com a amizade e cuidado, coisas que eu não consegui fazer com dois deles e agora três.

É meio absurdo continuarmos a lembrar de alguém que já passou, é insatisfatório termos sentimentos bons por pessoas que nos enganam, rompem as promessas, é injusto sofrermos e lembrarmos de pessoas que não merecem o valor que damos a elas.

E mais injusto ainda, é não termos os "poderes" para deixar de sentir.
Na bíblia Deus deixa bem claro que temos o livre arbítrio, eu deixei ele no comando da minha vida faz alguns anos, eu sei que escolho muita coisa, mas aí eu paro e meio rebelde penso, Meu Paizinho Amado, por quê ainda sinto?

Quem me conhece sabe que sou justa, ao menos, do meu ponto de vista eu tento ao máximo ser, claro, sou justa a meu ver. E eu vejo minhas amigas passando pela mesma situação, claro que umas são mais fortes, esquecem rápido, se afogam em baladas, mas eu sei muito bem que não é porque estão lá curtindo uma balada com o copo na mão que estão sem sentimentos, saudade, que vão chegar em casa felizes e dormir tranquilas, eu sei que elas tem um coração mole, tanto quanto eu, e acho muito ruim essa demora pra conseguirmos realocar as posições dentro do coração.

Em razão do tempo que passo em casa nos últimos dias eu penso (e faço) muita coisa, e claro, pensei no passado, consegui uma consulta de mais de uma hora, hiper satisfatória e voltei melhor pra casa, o que não significa que não tenho mais peguntas. Como disse anteriormente, sempre buscamos respostas, eu não conheço ninguém que não se pergunte o por que do fim, o por que que deu errado, sempre temos questionamentos.

Eu aceito as decisões alheias, até mesmo porque eu sempre preferi que o outro escolhesse e decidisse pra que o fardo do arrependimento nunca caísse sobre o meu colo.

Mas é isso, eu pensei nessa coisa meio injusta de não podermos simplesmente apagar algumas coisas da memória, por que temos que guardar aquelas tardes no parque, aqueles sorrisos, caminhadas de mãos dadas, noites de amor e sentimentos por gente que já passou, que não sente e que às vezes nem sentiu.

E assim, por quê, por quê, por quê??


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