sábado, 29 de março de 2014

Correria e satisfação, viva a experiência adquirida!!

Embora eu esteja sem trabalho, nessa semana não passei um dia em casa, o telefone toca o dia todo, é cansativo, engraçado e satisfatório, estou adorando as aventuras nos fóruns e nas delegacias. Clientes me ligam perguntando o andamento de processos, liga gente da delegacia, da faculdade, dos estágios, me sinto necessária (risos) e cá entre nós, não tem coisa mais gostosa do que isso.

Descobri que existe sim investigador lindo :) hehehehe
Lindo, sarado, moreno, gato e educado... 

Também descobri que às vezes a gente tem que ser estúpida pra conseguir fazer o processo andar. Aprendi que o advogado(a) deve se conter, que quando levamos as coisas pro lado pessoal nossa imagem perante o juiz fica péssima. Como disse num post anterior eu "brinquei" de juíza conciliadora na Vara de Família essa semana, e meu Deus, o sonho da minha mãe de me ver naquela cadeira se realizou e parou ali, naqueles dias, chega, basta!

Primeiramente, é importante salientar que o advogado(a) tem o dever de conter seu cliente, evitando que ele fique gritando na sala de audiência, e que grite com o Magistrado. 
Também é importante o advogado(a) além de não levar os fatos pro lado pessoal lembrar que não pode fazer pedidos do tipo "Expeça ofício para o empregador declarar quanto o réu recebe por fora!", antes de abrirmos a boca pra fazer um pedido desses devemos nos atentar sobre a possibilidade e legalidade de tal requerimento, a empresa jamais declararia que paga valores a latere (por fora) para o empregado, ou estaria confessando um ato ilícito.

É necessário mantermos a calma e a "sanidade", pra podermos fazer uma defesa lógica e legal, é nosso dever manter a ética e a educação e cuidar para que a sala de audiência não vire um ringue de boxe.

Consegui sentir na pele o quão difícil é estar naquela cadeira, respirar fundo milhares de vezes, explicar o inexplicável, ver mães que não querem permitir que os pais vejam suas filhas ou passem a pernoite com eles, e mesmo vendo elas chorando permitir por amor ao direito, a lei e a criança. É uma situação de suprema tensão em que você deve manter a calma e explicar as partes o que a Lei determina, defender o interesse do menor e o bom convívio entre as partes que apesar de tudo irão manter um laço eterno.

É muito difícil segurar os pensamentos e discipliná-lo com as atitudes que terão de ser impostas no termo. Ser advogado é cansativo e estressante mas temos um lado e sabemos o que fazer, ser juiz é ser imparcial e de fato efetivar a justiça e isso sim é difícil. E mais difícil ainda deve ser manter essa postura por dias, meses, anos...

Deixo aqui meus cumprimentos aos Magistrados por assumirem essa função tão difícil, e claro agradecer de forma ímpar aos que desempenham tal função com integridade e licitude.


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