segunda-feira, 3 de março de 2014

Tipinho!

Como dizia Marisa, naquela música: 
"De dia eu faço graça, 
Pra não dar bandeira não deixo você ver.
De dia o tempo passa como brincadeira
Longe de você
Por onde você mora
Se para ou se demora
Por hora não vou ter
Coragem de dizer
Mas há de haver a hora
... Se você for embora
Agora
De noite na cama, eu fico pensando
Se você me ama e quando..."


De dia parece menos difícil, não é mais fácil, é menos difícil, saio, ligo a tv, falo com todo mundo, bebo, danço, escrevo, leio, pulo... Faço de um tudo pra tentar me distrair.

Mas de noite não consigo, a falta toma todos os cantos de todos os pensamentos, a agonia invade tudo, não tem convite que seja livre,  tudo é pensado, repensado, tudo é incomodo e causa temor, receio de errar, receio de não saber esperar e eu fujo de todos. E de noite me pergunto por quê? Por que eu fugi de todos?

Ele tem a frieza de conseguir passar o dia sem se importar, e eu me questiono sabe, por que eu choro? Por que eu sinto? Por que dói tanto em mim? Por que eu fui tão idiota?

Às vezes, o cara diz que não é bom o suficiente, saída de qualquer mestre cafajeste, e eu luto tanto pra não classificá-lo assim, só que esse tempo passando, o momento, as atitudes, as omissões me levam a crer que estou apenas adiando o que está cristalino.

E por isso eu decidi aceitar, amanhã vou lá ver o "sobrado", vou sim, vou voltar a ser aquela menina de três meses atrás, vou me achar, vou recomeçar tudo sozinha. Eu já fiz isso antes, eu já fiz isso há menos de 3 anos atrás, eu já fiz isso quando a minha maior referência partiu.

E eu aprendi que a gente deixa de falar e fica com raiva desses caras assim, esses que nos machucam, que mentem, porque eu não vejo razão alguma pra alguém que tenha caráter inventar sentimentos que não tem, mentir, iludir, zombar de um sentimento sabe, a gente se apaixona e luta diariamente pra manter o amor da melhor forma possível, atravessando todos os obstáculos do cotidiano, tendo a esperança de um futuro bom, aquela esperança de estar lutando por dois, por vidas, por tudo e de repente descobre que tava lutando sozinha, e que a outra parte não existia.

Esses tipinhos que aparecem em nossas vidas que criam mães solteira, piriguetes, desiludidas, meninas amargas, porque a gente também a prende a fingir, a usar só pro que é conveniente, e sabe dói menos quando a gente brinca com eles. 

Eu só não consigo entender o porque de não jogar limpo, eu e o sobrado sempre tivemos isso tão claro, o meu menino verde também, aí é bom porque você se limita, se monitora e tudo dura, e todo mundo fica feliz e o abraço é sincero sem medo, o olhar é de verdade e o "se cuida" é quase um eu te amo, porque é o desejo e zelo de um sentimento sincero.

É a certeza de confissões sentimentais sinceras, sexo sem compromisso, mas com prazer garantido e sem nenhuma culpa.

E por mais surpreendente que seja, hoje eu fiquei boquiaberta ao ver o sobrado querendo saber como eu estava, querendo me ver, puxando papo, eu estava com saudade de falar com ele sem culpa, sem medo.

Embora isso tenha feito eu sentir mais raiva do L., pois comprovou que ele se importa menos que qualquer um, ele é de fato um ausente que jamais comprovou suas palavras, jamais teve atitudes que demonstrassem seus sentimentos ou merecimento por tudo que fiz. 

Eu nunca fui um troféu, eu nunca fui uma boneca, eu sempre tive sentimentos e fui motivada por eles, e nesses casinhos que eu mantive por meses, quiçá, anos, eu tive como base a verdade, a sinceridade, olhavam pra mim e diziam eu não amo você, e uma vez até doeu, mas eu sorri, era melhor uma dor pequena e a verdade digna, do que a mentira que iludia e escondia qualquer plano que fosse me causar uma dor de tamanho imensurável posteriormente.

Eu amo a verdade, eu prefiro a verdade, eu vivo a verdade.

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