Justo eu que não sei quanto tempo o tempo tem, fui destinada a esperar o tempo sem determinação, sem objetivo e sem motivo, jogada ao léu, pelo Léo.
É, o L. é o Léo, sem mais, sem mais descrições, sem definições, ele é o amor dos posts anteriores, ele é a dúvida que carrego no peito faz 3 (três) meses.
Ele me pediu um tempo, justo no carnaval, propício não? Justo quando eu preciso dele, justo quando lhe é conveniente.
E eu pensei, quando foi que ele fez algo que eu queria e ele não? Quando ele fez algo que era apenas pra me agradar e não era conveniente pra ele?
Resposta: NUNCA!!!
Eu tenho pleno conhecimento do meu ciúme, das minhas exigências, eu demorei muito pra aprender a me valorizar e chegar sozinha onde cheguei, eu tropecei em invariáveis pedras e até em alguns paralelepípedos, até reconhecer a Danielle, até me amar um pouco e ver o valor que tenho.
Essa coisa dele me tratar como opção sempre me incomodou e ele sempre negou com a maior cara de pau.
Os posts ele nunca viu, se visse iria surtar e se um dia ver, que reclame, que ligue, que me processe, no momento eu queria socá-lo.
Sabe quando você senta e sofre, e chora, e pensa em morrer de verdade porque sente uma dor absurda e sabe que não deveria?
Pois bem, estou sentindo essa agonia faz mais de uma semana, e como eu sou burra, como eu tenho fé, como eu penso nos bons momentos imaginando que ele pode repensar e sentir saudade, e é aí que eu lembro que eu já fiz isso, eu já quis amaciar essa dor e o Jan não voltou, mas diferente do Léo o Jan foi sincero sempre, ele cuidou de mim quando saiu da minha vida, ele deixou de ser namorado e permaneceu todo o tempo sendo amigo, ligava 3 vezes por dia, de madrugada cuidava de mim e rezava, chorava junto, ele explicou inúmeras vezes os motivos pelos quais estávamos chegando ao fim, e doía, mas eu entendia, e entendi. E eu até hoje não esqueço da nobreza desse gesto dele, eu nunca vi alguém fazer aquilo, foi questão de caráter, de cuidado mesmo. Foi isso que me fez permanecer admirando ele, mesmo depois de deixarmos de ser nós.
Diferente agora, muito diferente, minhas lágrimas não comovem o coração de gelo do Léo, o churrasco com os amigos ou o cinema é mais importante do que nossas noites, meus sonhos, meus medos, meu sentimento, isso me faz crer piamente que ele nunca sentiu nada por mim, que nunca me respeitou.
Eu passei esse tempo direcionada a nós, e ele a tudo e principalmente a ele, ele estava perdido quando nos conhecemos, ele permaneceu perdido quando estávamos juntos e agora ele quis um tempo porque está perdido, e nem quis saber o que isso ia me custar.
E eu não lembro de ter me apegado a alguém e a sua família, eu sequer lembro de um dia na minha vida ter gostado de gatos como gostei daquela gatinha linda. Ele foi o maior exemplo de egoísmo que já vi na vida, ele me fez amar, me estabilizar, me sentir bem e depois me arrancou tudo como se puxasse uma toalha da mesa, me fez sentir uma dor, uma decepção que eu não lembro quanto tempo faz que senti, mas faz anos, quase uma década.
Eu não sei onde ele está, ele não se importa em onde e como estou, o ciúme que senti a e o amor ele enfiou em algum lugar, pra mim isso prova que ele está nem aí, ele não se importa se vai me perder ou não.
Talvez, daqui uns anos ele me encontre por aí e fique me enchendo por causa da minha maquiagem, sem ser nada meu, sem saber que virou passado. Talvez Deus ouça as orações que tenho feito e que com certeza a mãe dele também e eu o esqueça mais rápido do que devo. Ou ainda, quem sabe o milagre seja maior e ele acorde pra vida e pense tenho 29 anos, pais não são imortais, eu vou meter a cara e construir minha vida, vou dar uma chance pros sentimentos sinceros da Dani e dessa vez vou ser verdadeiro e me entregar.
Talvez eu não devesse ter cortado as unhas, talvez eu devesse fazer como ele e apenas me fechar à parte do mundo que gira embaixo do meu nariz, talvez eu devesse aprender a ser mais egoísta e cuidar menos das pessoas a minha volta, abandoná-las quando elas precisam por simples conveniência. Talvez eu devesse virar uma dessas gurias que fingem que amam, aí alguém iria se apaixonar de verdade por mim e me dar a atenção que preciso, ou que quero.
Hoje e nos últimos dias tudo dói, a falta de verdade, de respostas, a dúvida sobre ele ter outra pessoa, a raiva da falta de maturidade e responsabilidade dele, o ódio por ele estar me perdendo ou quem sabe a raiva de eu partir sem querer.
Aquela linha tênue que todos dizem que existe entre o amor e o ódio eu estou exatamente no meio dela. Porque a dor é tão grande, esses choros sabe que me lembram que um dia por alguns instantes tive paz nos braços dele me dão raiva por saber que a falta de sentimentos e atenção dele fazem com que esses momentos tenham sido perda de tempo.
Eu podia ter saído, conhecido outras pessoas, quiçá, alguém que fosse me amar de verdade, quiçá um outro caso desses de verdade sem compromisso. Quem sabe se eu tivesse amado menos, porque aí eu pensaria menos nele, me importaria menos com ele, com a hora que ele acorda, como ele vai voltar da faculdade, a nota que ele precisa pra prova... Quem sabe se eu tivesse desejado passar menos tempo com ele, ou se eu morasse mais perto, se eu fosse mais promíscua, se meu mundo fosse mais parecido com o dele, se eu tivesse menos problemas, talvez se eu chorasse menos, quem sabe se eu aprendesse a falar inglês e cortasse sempre as unhas, se eu escrevesse menos, cuidasse do cabelo, como as meninas do Alphaville, se eu tivesse traído e sido fd*, quem sabe se eu tivesse sido o contrário do que fui ele me amasse, ele poderia ter me amado o suficiente pra não me deixar, pra dar valor para os momentos em que vivemos.
Dar valor pra mim, conhecer meu mundo, minha casa, minha família, ele poderia ter criado coragem de pegar dois ônibus e vir pra outro município, afinal, 40 minutos não é demais, ao menos pra mim nunca foi.
E agora eu fico, eu continuo aqui esperando essa agonia passar, minha fome aparecer, essas lágrimas cessarem, eu preciso encontrar uma motivação, talvez um abraço que me lembre que antes dele eu era algo, ou o que restou de alguém. Ele tinha tudo pra fazer o destino perfeito, apenas por medo e confusão não quis.
Essa coisa de tempo não funciona, essa coisa de tempo no carnaval e quando a pessoa que você "diz" que ama precisa de você é a maior trapaça que há no mundo.
E aah! Talvez o problema seja a falta de responsabilidade e perspicácia pra enxergar a vida com ela é, a idade como ela está, a responsabilidade que deve existir, o orientação que devemos ter, as decisões que necessitamos tomar no agora.
Talvez o tempo dele tenha sido pedido pra pessoa errada, no momento errado, e isso pode causar um tropeço na vida dele.
Amanhã é dia 03 de março de 2014, amanhã eu vou voltar a lutar, vou me levantar como em todas as outras vezes, e de noite vou chorar baixinho como nos últimos dias, um dia isso vai passar, um dia eu vou parar de me perguntar se ele me amou de verdade, se ele me traiu, se ele está com outra, se fez isso porque queria um tempo ou pra se livrar de mim...
Amanhã eu vou pegar o carro e em 20 minutos ganhar um abraço de quem se importa, tomar uma cerveja com meninos que são do meu mundo e respirar um pouco, até a ficha cair e eu voltar a definhar de saudade, de medo, de amor, de raiva, desse misto de sentimentos que estou sentindo por culpa do Léo, que estou sentindo por amar ele. amanhã irei buscar auxílio nos amigos. Os amigos são sempre presentes e sempre nos tratam com carinho, e o amor...
Bendito seja o amor!
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