segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Tem dias que a noite é foda (2)

Tem dias que as palavras não sabem dizer o que sentimos, e o volume dos fones de ouvido parece não ser alto o suficiente, tem dias que tudo passa devagar e de noite a gente desaba no travesseiro e da de cara com todos os pensamentos e sentimentos dos quais passamos o dia fugindo.

Tem fases da vida da gente que a gente não sabe explicar, tem momentos que não sabemos descrever, e tem umas coisas que são tão absurdas que a gente senta e fica vendo acontecer, às vezes por não termos o que fazer, às vezes por já estarmos cansados de lutar.

A vida é mesmo extraordinária, mutável, incrível, e acima de tudo inexplicável, tão inexplicável quanto as pessoas.


Pessoas, seres inexplicáveis, indefinidos, mutáveis, sensíveis ou não e por vezes egoístas.

Lugares bonitos, pessoas diferentes, todos os dias, várias formas de conhecer gente por vários meios, nenhuma de conhecer sentimentos verdadeiros.

Não existe receita pra se dar bem nessa aventura que chamam de vida, 4 letras, uma palavra e um tempo indeterminado e não sabido.
Vida que faz vida, vida que fere vida, sentimento que faz nascer vida, nascer sentimento, atitude que mata vida e sentimentos, com o tempo, no tempo.

Tempo esse que é suficiente pra chorarmos mais do que rirmos, pra nos decepcionarmos mais do que nos surpreendermos.

Louco mesmo não é quem decide sair dessa, louco e forte é quem fica!



"I've seen you cry
Into the night
I feel your pain
Can I make it right?
I realized there's no end inside
Yet still I'll wait
For you to see the light"

Lenny Kravitz

“Escreva minha filha, escreva. Quando estiver entediada, nostálgica, desocupada, neutra, escreva. Escreva mesmo bobagens, palavras soltas. Experimente fazer versos, artigos, pensamentos soltos. Descreva, como exercício, o degrau da escada do seu edifício (saiu um verso sem querer). Escreva sempre, mesmo para não publicar. E principalmente para não publicar. Não tenha a preocupação de fazer obras primas; que de a muito já perdi, se é que um dia a tive. Mas só e simplesmente escrever, se exprimir, desenvolver um movimento interior que encontre em si próprio sua justificação…” 

Drummond aconselhando sua filha, Maria Julieta, a escrever. 

Fonte: Go, Writers

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